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quinta-feira, 5 de março de 2009

O CRISTÃO E AS BEBIDAS – Prov.23:29-35


INTRODUÇÃO: O álcool, este ladrão com autorização oficial, mata muitos milhares em nossas estradas a cada ano; incita as pessoas ao assassinato, ao suicídio e ao homicídio; ele coloca outras pessoas atrás das grades, como maníacos delirantes. Shakespeare, assombrado, exclamou em seus dias: “Ó Deus! Como os homens podem colocar um inimigo em suas bocas para roubar-lhes o cérebro?...”.
Vivermos em uma época em que, apesar da grande luta contra os vícios das bebidas, este vai atingindo mais e mais pessoas, envolvendo-as, escravizando-as e tornando-as dependentes, conduzindo-as a verdadeira tragédias, quando não lhes rouba precocemente a vida.
Nesta estudo sobre O Cristão e as Bebidas, queremos convidá-lo a fazer uma séria reflexão a respeito do problema da bebida alcoólica, com o objetivo de levá-lo, se ainda não o fez, a tornar-se um forte aliado na ba-talha contra esse grande mal.

I – CONHECER PARA COMBATER:
As bebidas alcoólicas se constituem em um dos maiores males do nosso século; porém, poucos se dão ao trabalho de conhecer as causas desse mal e como esse líquido tão útil em determinadas áreas da atividade humana, tem se constituído numa desgraça para milhares de pessoas no mundo todo.
É provável que a palavra álcool tenha se originado do árabe alghole, cujo significado é “espírito maligno”, possivelmente devido a situação deprimente a que é levado aquele que se deixa dominar pelas bebidas alcoólicas.
O álcool é obtido através da fermentação dos sumos açucarados de origem vegetal, a qual é provocada por certas bactérias saprófitas ou leveduras (fungos) que transformam a glicose em álcool e gás carbônico. Ob-tém-se também o álcool a partir do amido de batatas, mandiocas e cereais, os quais, transformados em glicose, são submetidos à fermentação. Veja a seguir uma lista das principais bebidas, seu preparo e teor alcoólico, divi-didas em duas partes: 1- bebidas alcoólicas fermentadas; 2 – bebidas alcoólicas destiladas.
1 – Bebidas Alcoólicas Fermentadas:
A) Vinho: Obtido pela fermentação natural do suco de uva. Teor alcoólico, 7o a 12o G. L. No Brasil, é de 2 litros a taxa per capita de consumo anual.
B) Vinhos Compostos: Obtidos pela mistura de ervas amargas ao vinho. Teor alcoólico, 15o a 18o G.L
C) Champanha ou Champanhe: Obtida pela adição de açúcar após a fermentação, o que provoca nova fermentação após o engarrafamento. Teor alcoólico, 12o G. L.
D) Cerveja: Fabricada a cerca de 3.000 anos a.C., na Babilônia e Egito. Teor alcoólico, 3o a 4,5o G. L.
E) Chope: Obtido pela gaseificação da cerveja fresca. Munique se destaca no consumo mundial de chope, com 366 litros per capita. Destaca-se também como sendo a cidade de maior incidência de câncer do a-parelho digestivo e de cirrose hepática.
2 – Bebidas Alcoólicas Destiladas: Obtidas pela destilação do líquido alcoólico fermentado, o que eleva o seu teor alcoólico, tornando-as extremamente maléficas.
A) Aguardente de cana: Resultado da fermentação e destilação do caldo de cana de açúcar. Teor al-coólico, 40o a 54o G. L. No Brasil, consome-se mais de 1 litro para cada grupo de 10 pessoas, anualmente. O consumo de leite é de 1 litro para cada grupo de 10 pessoas.
B) Uisque ou Whisky: Preparado com amido de cereais: milho, centeio, aveia, cevada, e é originado da Escócia. Teor alcoólico, 40o a 50o G. L.
C) Aperitivos Amargos: Usados para “abrir o apetite” – são extremamente nocivos, pelas seguintes razões: 1) são preparados com álcool de industria; 2) são ingeridos com o estômago vazio; 3) Possuem essências e tinturas muito toxicas.

II – EFEITOS DO ÁLCOOL NO ORGANISMO HUMANO:
Absorvido pelo intestino delgado, o álcool passa para o fígado de onde penetra na corrente sangüínea, a-tingindo seu efeito máximo após uma hora, e perdurando por várias horas. Cerca de 10% do álcool ingerido são eliminados pelos rins; mas, os 9o% restantes permanecem por várias horas, sendo lentamente oxidados pelo or-ganismo. Os malefícios do álcool se fazem sentir.
A) Na boca: Sensação de queimadura;
B) No Estômago: irritação da mucosa gástrica, provocando gastrite e úlcera;
C) No Fígado: órgão encarregado de eliminar substâncias tóxicas do organismo – há um esforço exces-sivo, provocando alterações funcionais e lesões graves, como hepatite aguda, cirrose hepática e até ascite (bar-riga d’água);
D) No Pâncreas: órgão que produz o suco pancreático e a insulina – o álcool pode provocar a pancreatite aguda;
E) Nos Rins: pode provocar a nefrite (inflamação) crônica;
F) No aparelho genital: pode haver a perda de certas características sexuais, além de afetar a descen-dência, podendo nascer os filhos com debilidade mental, epilepsia e imbecilidade (estado de debilidade intelectual intensa);
G) Sobre o Sistema Nervoso Central: Inibe as funções do cérebro, afeta a memória e, às vezes, o juízo. Os órgãos do sentido sofrem perturbações. E sobre o sistema nervoso periférico, ocasiona inflamação dos ner-vos, fraqueza muscular nas pernas e braços, e até a paralisia;
H) Sobre o Coração: Pode ocasionar alterações no ritmo, bloqueios, e até parada cardíaca. Só pelos seus efeitos sobre o organismo, o álcool não deveria jamais ser ingerido. Mas, veja-se:

III – O QUE DIZ A BÍBLIA SOBRE A BEBIDA ALCOÓLICA:
Leia as seguintes passagens bíblicas antes de prosseguir o estudo: Is.5:11,22; 22:13,14; Rm.13:12-14; Gl.5:19-21; Ef.5:18-21; Pv.23:19,20,21,29-35.
O vinho era bebida importante na mesa dos filhos de Israel. É muitas vezes referido a Bíblia em conexão, tanto do Velho como do Novo Testamentos. Porém, em suas páginas há constantes advertências contra os peri-gos de seu uso. Observe-se atentamente o que dizem os seguintes textos a esse respeito:
Ecl.10:17 – Feliz a nação onde os príncipes se reúnem para se alimentar e não para beber vinho; Is.5:11, 22 – severas conseqüências apresentadas com a expressão “ai”; Pv.23:20,21 – um apelo incisivo, quase um clamor; 1Co.5:11 – “...não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for ...beberrão...”; a idéia é a de não estar junto, não participar. Texto bíblico, muitas vezes tido como ditado popular, “comamos e bebamos, que a-manhã morreremos”. Veja o que diz Is.22:13 e 14 – “... esta maldade não será perdoada, até que morrais, diz o Senhor...”. Andar dignamente a que Paulo exorta os romanos, excluía as orgias e bebedices. Rm.13:13 – estar cheio do Espírito Santo é incompatível com o estar cheio de vinho (Ef.5:18). Para Pedro, a prática da bebedice era própria dos gentios, dos que não tinham Deus na vida (1Pe.4:15). Paulo enumera, entre os frutos da carne, a bebedice (Gl.5:19-21) e classifica, entre os que não herdarão a graça da vida eterna, os beberrões (1Co.6:10).
Se, por um lado, o uso do vinho era generalizado nos tempos bíblicos, por outro lado, a Bíblia mostra os perigos que cercam o uso das bebidas alcoólicas. Se você pode dizer: “A Bíblia não condena a embriagues, beber só um pouquinho não faz mal, o próprio apóstolo Paulo aconselha Timóteo a beber um pouco de vi-nho”(1Tm.5:16), permita-nos dizer-lhe duas coisas: 1) É com um pouquinho só que se iniciam as grandes des-graças na vida do homem. 2) Deus já criou o nosso organismo com a capacidade maravilhosa de retirar dos ali-mentos que ingerimos a quantidade de álcool de que necessitamos. Logo, toda gota de álcool que tomarmos será excedente.
CONCLUSÃO:
Insistimos com o amável irmão no sentido de que, do ponto de vista bíblico, não há exigência nenhuma para abstinência total. Porém, com o conhecimento que se tem hoje dos malefícios do álcool, e diante das adver-tências bíblicas sobre os perigos de seu uso, creio que o crente sincero não encontra nenhum motivo para tomar sequer uma “dose” de bebida alcoólica. Leia atentamente, Pv.23:19-35.

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