Total de visualizações de página

terça-feira, 24 de março de 2009

A ASSEMBLÉIA DE WESTMINSTER - 1ª PARTE - INTRODUÇÃO

A ASSEMBLÉIA DE WESTMINSTER

No dia 10 de julho de 1643, reuniu-se em Londres,um Sínodo de teólogos calvinistas que se considera a mais notável assembléia protestante de todos os tempos, tanto pela distinção dos elementos que a constituíram, como pela obra que realizou e ainda pelas corporações eclesiásticas que receberam dela os padrões de fé e as influências salutares durante esses trezentos anos. Tomou ela o nome de Westminster devido ao local em que se realizaram as suas sessões durante mais de cinco anos e meio, a saber, o templo anglicano de Londres, bem conhecido como Abadia de Westminster, nome esse que procede dos tempos anteriores â Reforma.

Essa assembléia representa o ponto culminante de uma luta secular entre a corrente puritana e a anglicana dentro da Igreja da Inglaterra. A referida luta apresenta um aspecto eclesiástico e outro político. Ao aspecto eclesiástico era a luta do puritanismo contra a hierarquia e a liturgia semi-episcopal romanista. Ao aspecto político fora um conflito em favor dos privilégios parlamentares e das liberdades populares contra o absolutismo monárquico dos Stuarts.

Reuniu-se a Assembléia numa época de terrível efervescência política e agitação religiosa da História, não só da Inglaterra como da Europa continental, época de sacrifícios pela liberdade de consciência, de ambições as mais desmedidas, de reivindicações ousadas e de contradições as mais aberrantes e dolorosas. As nações e os seus príncipes conspiravam para impor, por meio da espada, os seus credos religiosos; protestantes e católicos se empenhavam na Guerra dos Trinta Anos; a Holanda era teatro dos mais veementes debates entre calvinistas e arminianos; John Milton propugnava a liberdade de imprensa; e Oliver Cromwell se adestrava na arte do comando de cavalaria, em guerra contra o rei Carlos I.

Visto que a reunião da assembléia era o epílogo de um conflito de mais de um século dos puritanos com o anglicanismo e com o romanismo, o bom entendimento do assunto exige que façamos uma excursão, muito breve embora, sobre os seus antecedentes.

Nenhum comentário: