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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

OS ÚLTIMOS DOZE VERSÍCULOS DO EVANGELHO DE MARCOS SE ACHAVAM NO MANUSCRITO ORIGINAL?



Embora a grande maioria do texto do Novo Testamento elimine qualquer dúvida, existem realmente algumas passagens cuja originalidade tem sido questionada. Sem nos estendermos demasiadamente, essas passagens incluem João 5.3, 4; João 7.53-8.11 e João 5.7. Porém, a passagem mais notável, talvez, seja a conclusão do Evangelho de Marcos.

Depois de Marcos 16.8, há uma discordância nos manuscritos existentes quanto ao que se segue. Alguns deles terminam no v. 8, com a frase: “pois tiveram medo”. Vários manuscritos contêm dois finais curtos que nenhum estudioso de textos considera como parte do manuscrito original. A maioria dos manuscritos contém, no entanto, os 12 versículos conhecidos que se encontram na Edição Revista e Atualizada no Brasil (ERAB) e em muitas outras traduções.

Será esse o fecho original de Marcos? Ou ele terminou seu Evangelho no v. 8? É possível que o original tenha desaparecido. A questão é esta: os doze últimos versos (Mc 16.9-20) — como contidos na ERAB, publicada pela da SBB — fazem parte do original do Evangelho de Marcos?

Os argumentos contra a aceitação dos doze últimos versículos como tendo autoridade podem ser dispostos em três categorias: (1) evidência externa; (2) evidência interna e (3) evidência teológica.

O argumento da evidência externa se concentra na ausência de um fecho tão longo. Nos dois manuscritos mais antigos que contêm o final do Evangelho de Marcos (Códice Sinático e Códice Vaticano), os doze últimos versos são omitidos. Algumas das versões (traduções para outras línguas) também omitem esses versículos como fizeram alguns dos primeiros pais da igreja. O fato de certos manuscritos conterem dois finais mais curtos também se opõe à idéia da leitura mais longa ser a original.

Além disso, alguns dos primeiros pais da igreja discordam quanto à originalidade desses versículos. Clemente de Alexandria e Orígenes não parecem considerar a existência desses versos, enquanto Eusébio e Jerônimo supostamente dizem que eles estavam ausentes de quase todos os manuscritos gregos que conheciam.

Alguns manuscritos que contêm a forma mais longa incluem notas escritas pelos escribas, atestando que os mais antigos não continham esses versículos. Outros manuscritos contêm marcas, indicando que existe alguma dúvida sobre a passagem.

Bruce Metzger, em A Textual Commentary on the Greek New Testa ment (p. 125), apresenta sua argumentação contra aceitar os 12 últimos versículos como incluídos no original de Marcos, baseado na evidência interna:

“O fecho mais longo (3), embora corrente em uma variedade de testemunhos, alguns deles antigos, deve ser também julgado pela evidência interna como secundário. (a) O vocabulário e estilo dos vv. 9-20 não são de Marcos (e.g., apisteo. blapto, beba iso, epakoloutheo, theaona, meta, tauta, pooeuomai. suergeô, usterou, não são encontrados em nenhum outro ponto de Marcos e Toiz met autou geiromeuoiz e theuasfou, como designações dos discípulos, ocorrem somente aqui no Testamento). (b) A ligação entre o v. 8 e os vv. 9-20 é tão forçada que fica difícil crer que o evangelista pretendia que essa desse continuidade ao evangelho.

Assim sendo, o sujeito do v. 8 é as mulheres, enquanto Jesus é o sujeito pressuposto no v. 9; No v.9 Maria Mada1ena é identificada, embora fosse mencionada apenas algumas linhas antes (15.47 e 16.1); as outras mulheres dos vv. 1-8 não são esquecidas: o uso de auaostaz de e a posição de proto são apropriados no início de uma narrativa abrangente, mas discordantes na continuação dos vv. 1-8.

Em resumo, todos esses aspectos indicam que a seção foi acrescentada por alguém que conhecia uma forma de Marcos que terminava repentinamente no v. 8 e quis suprimi-la com uma conclusão mais apropriada. Em vista das inconsistências entre os vv. 1-8 e 9-20, é improvável que o fecho mais longo tivesse sido composto ad hoc, a fim de suprir uma brecha óbvia; o mais provável é que a seção tenha sido extraída de outro documento, talvez datado da primeira metade do segundo século”.

Existem, outrossim, supostas evidências teológicas contra a idéia desses versículos serem autênticos. Isto inclui: (1) o batismo como exigência para a salvação (Mc 16.16); (2) a aparição de Jesus em forma diferente (Mc 16.12); (3) idéias fantasiosas, tais como beber veneno e pegar em cobras (Mc 16.18). Desde que essas idéias parecem contrariar o restante da Escritura, a passagem deve ser rejeitada como sendo a Palavra inspirada de Deus, dizem os críticos.

Apesar de tais argumentos parecerem superficialmente conclusivos, eles não suportam um escrutínio mais detalhado das evidências.

Embora seja verdade que os dois manuscritos mais antigos que contêm Marcos 16 não incluem esses doze últimos versículos, existe vastíssima evidência externa que os apóiam como sendo originais. Mesmo não fazendo parte dos dois manuscritos gregos mais antigos, esses versículos são encontrados em virtualmente todos os manuscritos gregos restantes que contêm o final de Marcos. Todas as versões latinas e versões siriacas (versão mais antiga do NT em outro idioma) contêm esses versículos, com pouquíssimas exceções.

O mais importante é que os primeiros pais da igreja fazem citações deles e estão cientes deles (Justino Mártir, 150 a.D.; Ticiano, 175 a.D.; Irineu, 180 a.D. e Hipólito, 200 a.D.). Esses homens viveram 150 anos antes da composição do Códice Vaticano e do Códice Sinático (cerca de 325 a.D.), mostrando que esses versículos já existiam naquela época. Por alguma razão eles não foram incluídos, mas isso não indica que não existiam. Se este fecho mais longo não é original, por que há, então, tantos e diferentes testemunhos quanto à sua autenticidade? A evidência externa os favorece como sendo autênticos.

A evidência interna quanto a esses versículos serem originais é insatisfatória. Os argumentos relativos ao estilo e vocabulário, no mínimo, não convencem. Metzger (citado acima) salienta existirem dezessete palavras nesses doze versículos que não são encontradas em nenhum outro ponto do Evangelho de Marcos. Isto prova supostamente que esta seção não é autêntica (The Text ofthe New Testament, p. 227). Todavia, John Broadus fez um estudo dos doze versículos que precedem aqueles em questão (Mc 15.44-16.8) e encontrou dezessete palavras nessa seção que não são encontradas em nenhum outro ponto do evangelho de Marcos.

Sabe-se, perfeitamente, que o vocabulário e o estilo mudam conforme o assunto tratado. Basear um argumento em algo assim tão subjetivo não é valido. O argumento de que a ligação entre o v. 8 e os vv. 9-20 é forçada não basta para a omissão desta parte. Se os versículos foram acrescentados mais tarde por alguém, que não Marcos, por que a descontinuidade não foi atenuada? O argumento interno aqui não é tão sólido como alguns desejariam que fosse. (Veja John Burgon, Last Twelve Verses of Mark, Reprint, pp. 222-270.)

A evidência teológica não é igualmente conclusiva contra esses versos. Marcos 16.16 não ensina que o indivíduo precisa ser batizado para ser salvo, mas apenas liga a salvação com o ato do batismo, porque as duas coisas se completam.

A pessoa que aceita verdadeiramente a Cristo como seu Salvador desejará ser batizada, desde que isso é mandamento do Senhor. Contudo, não é o batismo que salva mas a fé: “Quem crê no Filho tem a vida eterna” (Jo 3.36). O batismo é o sinal externo objetivo da transformação interior. Essa deve ser a experiência de todo crente, não sendo porém uma exigência da salivação. Note que Marcos diz, no v. 16, que quem não crer será condenado e não quem não for batizado. Nada aqui é contrário às Escrituras.

A idéia de Jesus aparecer em outra forma não contradiz outros relatos da Sua ressurreição. Trata-se de uma simples descrição de Sua ida ao povoado de Emaús com os dois discípulos, em que Ele apareceu numa forma irreconhecível.

Isto difere de Suas aparições a Maria Madalena e a outras mulheres que O reconheceram imediatamente. Mas Lucas nos conta que, ao chegarem a Emaús, os olhos dos dois discípulos foram abertos e eles reconheceram Jesus. Não existe contradição aqui.

Marcos registra o ponto de vista de Jesus (forma diferente), enquanto Lucas dá o ponto de vista dos dois discípulos (olhos cegos). Além disso, o Novo Testamento parece indicar que Jesus, depois de Sua ressurreição, nem sempre apareceu na mesma forma.

Finalmente, os excessos surgidos como resultado de algumas interpretações sobre beber veneno e pegar serpentes não diminuem a sua autenticidade. Em Atos 28.3-6, temos um exemplo do apóstolo ser acidentalmente mordido por uma serpente mortífera e, mesmo assim, sobreviver.

Os sinais milagrosos prometidos aos discípulos do Senhor em Marcos não são inéditos, pois tanto Mateus como Lucas registram a promessa e o cumprimento desses sinais (Mt 10.1; Lc 10.17, 18). Do mesmo modo, Hebreus 2.3,4 indica que os sinais acompanharam os cristãos. O fato de ter havido abusos baseados nesses versículos não significa que eles devam ser descartados como não inspirados.

Por outro lado, três argumentos fortes podem ser dados para serem aceitos esses versículos como originais: (1) nenhuma teoria satisfatória foi apresentada para explicar como Marcos podia ou haveria de terminar seu Evangelho no v. 8; (2) nenhuma objeção sem resposta foi levantada contra a idéia de esses doze últimos versículos serem inspirados; (3) os argumentos apresentados para explicar a quantidade enorme de evidência objetiva quanto ao testemunho amplo e variado dos manuscritos gregos, traduções e pais da igreja, são insatisfatórios.

É muito mais fácil explicar por que a passagem poderia ter sido omitida em alguns manuscritos, em vez de tentar explicar por que foi tão aceita. Para uma resposta completa quanto à exatidão da teologia dos doze últimos versículos, veja The Interpretation of St. Mark’s Gospel , de R. C. H. Lenski ou um comentário específico desse evangelho. Acreditamos haver boas razões para serem aceitos os doze últimos versículos de Marcos, inclusos na ERAB, como sendo originais, desde que todas as objeções quanto à sua autenticidade deixam muito a desejar.


(Extraído: J. Macdowel)

domingo, 25 de janeiro de 2009

LEITURA E INTERPRETAÇÃO BÍBLICA - I



Que muitos crentes atuais leram ou lêem a Bíblia é um fato, mas interpretá-la de forma correta é um boato.
Muitos fazem citações bíblicas , defendem ideias e pensamentos que fogem da boa interpretação bíblica. Agimos como “papagaios de piratas”, isto é, repetimos ditos e frases que ouvimos dos “líderes”, “pregadores” e “mestres”, sem tomarmos o cuidado de averiguar-se de forma mais minuciosa os tais “ditos” a luz da Palavra de Deus.
Este é o primeiro Artigo sobre “Leitura e Interpretação Bíblica”, os quais daremos continuação posteriormente.
Vejamos alguns desses descuidos na leitura e interpretação:
Alguns dizem assim: “Veja o que Deus diz sobre o Céu: ‘Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.’”.
Essa é uma citação de 1 Co. 2:9. Na pressa de interpretar e aplicar este texto geralmente tentam consolar o ouvinte de que este texto se refere ao Céu e as maravilhas da eternidade. Para dar ênfase ao seu consolo ou mensagem, afirmam: “Você nem imagina o que Deus te preparou lá no Céu e na Eternidade”.
Nas regras da interpretação de um texto, nunca devemos desconsiderar o seu contexto, isto é, deixar de observar os versículos anteriores e posteriores, além do assunto que está sendo tratado.
Pois bem, a citação de 1Co.2:9 é interpretada a luz do versículo posterior, isto é, 1Co.2:10 que diz assim: “Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus.”
Aquilo que Deus preparou para aqueles que o amam, já foi revelado pelo Espírito. E isto não tem haver com o Céu ou a eternidade, mas as realidades do Evangelho, conforme a observação de todo contexto.
O texto de 1Co.2:9 é uma citação de Isaías 64:4 e a citação dessa passagem é apresentada em um contexto que mostra que o homem natural, incrédulo, não consegue entender a mensagem do Evangelho, o sacrifício de Jesus. Essa revelação só pode ser dada pelo Espírito Santo.
Para uma melhor compreensão sobre essa “revelação, iluminação” do Espírito Santo vejam as notas teológicas e de rodapé da Bíblia de Genebra.
Leiamos a Bíblia, mas tenhamos cuidado com a sua interpretação, pois podemos cair na cilada do “papagaio de pirata”, repetindo frases e ditos sem a devida averiguação bíblica e contextual.
Rev.Laudemiro

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

ATÉ QUANDO SENHOR?!!


Até quando, vamos ficar assistindo a decadência da Igreja e não fazermos nada, não reagirmos, não nos incomodarmos, nos inquietarmos, não perdermos o sono? Continuaremos assistindo o definhar da Igreja? Oh! Deus até quando!?
Até quando iremos transferir a nossas responsabilidades como membros do corpo? Dizendo que outros façam no nosso lugar, pois afinal estamos “sem tempo”, “não queremos nos envolver”, “isto é responsabilidade da liderança”.
Até quando vamos brincar de “cristãos” e achar que tudo na Igreja não passa de uma divina comédia?
Até quando vamos levar adiante essa brincadeira sem graça, sim, sem graça, pois quem vive na Graça não consegue viver uma vida cristã como se fosse roteiro cômico traçado por um autor tresloucado, antes pelo contrário sabe que o autor da história não brinca e não se deixa zombar “porque o nosso Deus é fogo consumidor” (Hb.12:29) e a sua advertência é clara - “não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará.” (Gl.6.7).
Até quando vamos criticar dos irmãos que se dispõe para fazer alguma atividade na Igreja, mas que tem suas limitações pessoais? Pois é constatado na história da Igreja que os que mais criticam, são os que menos colocam a “mão na massa”. Na história secular há um ditado popular que todo crítico é um frustrado na área em que ele critica, pois nunca conseguiu chegar nem ao seu padrão de crítica.
Até quando vamos reclamar que a Igreja não cresce em número de convertidos, quando não nos dispomos a ser sal da terra e luz do mundo em um testemunho autêntico e contagiante? (Mt.5:13-16)
Até quando vamos continuar deixando que os métodos seculares de administração e marketing tenham primazia na Igreja do Senhor, quando sabemos que a Palavra de Deus nos ensina que o Cabeça da Igreja é Jesus e sem Ele nada podemos fazer? (Ef.4:15; Jo.15:5)
Até quando continuaremos a insistir na edificação da Igreja com métodos, técnicas e ações mundanas, quando sabemos que “se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela”? (Sl.127:1).
Até quando vamos incentivar a Igreja a um crescimento intelectual secular em alto nível, quando observamos que o conhecimento bíblico dos cristãos é cada vez mais medíocre? O desejo pelo crescimento intelectual não deve levar ao desprezo do conhecimento bíblico. O ideal do cristão é o equilíbrio.
Até quando teremos gigantes na vida profissional, empresarial e intelectual no meio da Igreja e ao mesmo tempo os mesmo demonstram um naniquismo exacerbado quanto às coisas espirituais? Sejamos bons, ótimo e até excelente na nossa vida secular, mas que o mesmo seja visto na nossa vida espiritual. Era esse equilíbrio observado na vida de Jó. (Jó. 1: 1-5)
Até quando? Aqui eu não sei, mas uma coisa é certa que um dia tudo isso acabará na volta do Senhor Jesus Cristo, ai sim todas as coisas serão novas e não haverá mais nenhum desequilíbrio ou desequilibrado tentado atrapalhar a Igreja do Senhor. (Ap.21:1-8)
O que dizer então?
Vem, Senhor Jesus! (Ap.22:20)
Rev.Laudemiro

MARCHANDO SOBRE OS OBSTÁCULOS


“Disse o SENHOR a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem.” Êxodo 14:15
Adentramos a um novo ano e ficamos pensando “o que este ano novo nos reserva?” Algumas vezes ficamos, como igreja, estatizados sem saber que rumo tomar! Conseguimos romper mais um ano, mas este que está diante de nós o que acontecerá.
O medo do desconhecido pode nos levar a inércia ou aos questionamentos infindáveis e era isto que estava acontecendo com o povo de Israel as margens do mar vermelho.
Veja só a situação do povo de Deus naquela ocasião, eles acabaram de celebrar a liberdade da escravidão e agora se encontrava em um beco sem saída, pois aos lados estavam cordilheiras de montanhas, atrás o deserto e o exército de faraó e a frente o mar vermelho. O que fazer nesta hora tão crítica? O povo reagiu com questionamentos e murmurações “E, chegando Faraó, os filhos de Israel levantaram os olhos, e eis que os egípcios vinham atrás deles, e temeram muito; então, os filhos de Israel clamaram ao SENHOR. Disseram a Moisés: Será, por não haver sepulcros no Egito, que nos tiraste de lá, para que morramos neste deserto? Por que nos trataste assim, fazendo-nos sair do Egito? Não é isso o que te dissemos no Egito: deixa-nos, para que sirvamos os egípcios? Pois melhor nos fora servir aos egípcios do que morrermos no deserto.” (Êx.14:10-12).
Será que muitas vezes não agimos e reagimos da mesma forma? Questionamos o direcionamento de Deus na nossa vida quando olhamos ao redor e não vemos mais motivos de celebração e sim desertos, montanhas, mares e inimigos furiosos querendo nos devorar. Questionamos o aparente abandono de Deus.
A resposta divina é clara e inequívoca – “Por que clamas a mim?” esta é uma pergunta de retórica sem resposta direta, mas para avaliar ou dar ordem, pois na seqüência a ordem de Deus é clara - “Dize aos filhos de Israel que marchem.”
A Igreja do Senhor não pode parar diante dos obstáculos, não pode questionar as dificuldades que surgem, pois Deus é quem dirige nosso destino e sabe muito bem onde nos levar. A Igreja, os verdadeiros cristãos, deve continuar em marcha sob a ordem do seu comandante maior o Senhor Jesus Cristo. E para não claudicarmos ante as intempéries da vida devemos manter nossos olhos fixos no Autor e Consumador da nossa Fé (Hb.12:2).
No ano que começa teremos montanhas, vales e mares a nossa frente, mas a ordem do Senhor ainda ecoa em nossos ouvidos “dize aos filhos de Israel que marchem.” Avancemos na certeza de que o Senhor em nenhum momento nos abandonará ou nos deixará a sós, pois ele nos prometeu “E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt.28:20).
Mesmo que venhamos passar por vales escuros e sombrios devemos nos confortar com a certeza de que “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam.” (Sl.23:4).
Diante disto não há motivos para temores, receios, incertezas, conjecturas quanto ao futuro ou que nos espera além, pois Deus está conosco e “sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” e “que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm.8:28,31).
Isto nos faz lembrar as palavras de Elisabeth Elliot “Deus nunca prometeu resolver nossos problemas nem responder às nossas interrogações... Ele prometeu estar conosco.”
“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.” (1Co.15:58)
O ano novo será uma bênção se andarmos na presença e sob a orientação de Deus.
Que Deus continue a nos abençoar!
Rev.Laudemiro