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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

SOBRE A COMUNHÃO COM JESUS


I João é a epístola da comunhão. Trata-se de uma carta de família, escrita para os filhos de Deus. Tal comunhão, portanto, verifica-se exclusivamente entre a pessoa salva e Deus, enquanto que a pessoa não salva fica inteiramente de fora.
A palavra "andarmos" (1:7) vem de um vocábulo grego que aparece num manuscrito do segundo século, na sentença "Estou andando num estado fora da graça." É evidente que tal termo se refere à conduta. Nossa conduta consiste de nossos pensamentos, palavras e ações. A ação dessa palavra, no original, é contínua — "Se, porém, estivermos constantemente andando na luz". A experiência normal do crente deve ser exatamente essa, uma vida de constante conformidade com a Palavra de Deus.
A palavra traduzida "comunhão" no grego significa "ter algo em comum com". A base da comunhão humana é uma natureza em comum. Um artista e um trabalhador braçal não têm comunhão por não terem uma natureza em comum, porém, dois artistas podem ter comunhão, pois suas naturezas são a mesma. Semelhante é a comunhão do homem com Deus. Se um homem tiver de ter comunhão com Deus, precisa ter uma natureza em comum com Ele. No entanto, o homem por natureza está sujeito à ira (Efésios 2:3). Porém, em resposta à fé no Senhor Jesus como Sal¬vador, ele é feito participante da natureza divina (II Pedro 1:4), ficando assim dotado de uma natureza em comum com Deus. Como resultado disso, tem gostos e desprazeres em comum com Deus. O crente que ama aquilo que Jesus ama, e que aborrece aquilo que Jesus aborrece, tem comunhão com Ele. A pessoa que ama aquilo que Jesus aborrece, a saber, o pecado, não tem comunhão com Ele.
A comunhão aqui referida não é entre dois crentes, mas entre o crente e Deus, pois o tema do livro (1:3) "A Comunhão do Crente com Deus", e a análise da secção em que se encontra esse versículo "Condição de Comunhão com Deus: Andar na Luz" requerem o segundo sentido.
Novamente, as palavras "uns com os outros" se derivam de um pronome recíproco no grego. Isso fala em reciprocidade, o ato de dois indivíduos que consagram um ao outro um amor mútuo. Essa comunhão não é apenas da parte do santo para com Jesus, mas também é da parte do Senhor Jesus para com o santo.
A palavra "purifica" no grego fala de uma ação em processo. O sangue de Jesus está continuamente purificando-nos de nossos pecados.
A tradução mais ampla ou livre seria: "Se estivermos constantemente andando na luz, como ele mesmo está na luz, estaremos tendo comunhão constante um com o outro, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, está continuamente a nos purificar de todo pecado".

Um comentário:

Rev Gilbertesco disse...

Querido irmao Rev. Laudemiro,
Estive aqui visitando seu blog e copiei cada estudo sobre familia que sao muito bons.
Que Deus o abencoe continuamente.
Um grande e saudoso abraco. Rev. Gilbertesco - Romenia