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domingo, 7 de dezembro de 2008

"FORÇAS CORROSIVAS E DESINTEGRADORAS DA FAMÍLIA” – Ef.2:15-21


INTRODUÇÃO: Os evangelistas Mateus, Marcos e Lucas narram dois episódios quase trágicos vividos pelos apóstolos no Mar da Galiléia. Em ambos, o barco em que viajavam foi açoitado pelas ondas. Tais relatos ilustram a situação da família em nossos dias. No agitado mar da vida, ela enfrenta grande tempestade, e está sendo açoitada por ondas e marés de várias naturezas. Neste estudo examinaremos algumas dessas forças corrosivas e desintegradoras que estão atacando a família.
I – O CONSUMISMO:
A família sobre os efeitos negativos da inflação e juros altos. Mas o consumismo é um flagelo ainda maior provavelmente o verbo comprar seja o mais conjugado nos lares. A indústria e o comércio colocam diante de nós, a cada dia, novos artigos para serem comprados e consumidos. Pequenas modificações em móveis, eletrodomésticos, aparelhos eletrônicos e automóveis são usadas como apelo à compra. A moda joga no fundo do armário roupas semi-novas. Sapatos em perfeita condição de uso vão parar na lixeira. E a substituição é feita por artigos que custam cada vez mais e que, em muitos caos, valem menos.
As conseqüências dessa sede insaciável de consumir tem sido desastrosas para a família. Os rendimentos do trabalho normal não são suficientes para cobrir todos os gastos. As horas de trabalho precisam ser aumentadas. As pessoas começam a buscar os “bi-cos”. O tempo para a tão necessária convivência familiar deixa de existir. Cansados, tensos e endividados, os membros da família perdem a capacidade de se relacionar amistosamente. Há muitas famílias que possuem os aparelhos mais sofisticados, os automóveis mais modernos, roupas e calçados da última moda; mas não tem paz, harmonia e nem felicidade. Faltam-lhes o amor e o respeito mútuos.
As famílias precisam, urgente, simplificar os seus hábitos, refrear a sede de consumir e redescobrir que o ser vale mais do que o ter. “A vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui” (Lc.12:15). Os bens de que a família mais necessita não podem ser adquiridos em lojas, por mais completas e sofisticadas que sejam. Os maiores bens de uma família são a comunhão com Deus, o amor, a paz e a harmonia.
II – INFLUÊNCIA NEGATIVA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO:
Existe uma interpretação materialista da vida. Isto não é novo. Nos dias de Davi já havia quem afirmasse: “não há Deus”(Sl.14:1). E o profeta Isaías se refere àqueles que ensinavam: “Comamos e bebamos, que amanhã morreremos”(Is.22:13). A história é testemunha dos esforços feitos para a divulgação de tais filosofias. Mas no nosso século ocorreu uma decisiva mudança de estratégia. Hoje os meios de comunicação apenas relatam os fatos que conduzem ao materialismo. Isto ocorre no cinema, na televisão, nos jornais, nas revistas e nos livros.
Esta nova estratégia é perigosíssima. Primeiro, porque assim os profetas do materialismo em suas variadas formas conseguem driblar nossas defesas. Certamente não permitiríamos que nossos filhos assistissem a programas de TV que pregassem o amor livre, a violência, o uso da mentira e coisas dessa natureza. Mas estamos permitindo que elas vejam tudo isto nas novelas, nos demais progra-mas a que assistem, nos livros que lêem e nas músicas que ouvem. O mais grave, porém, é que este sistema é mais eficiente do que o ensino direto e frontal. A simples exposição dos fatos, sem a emissão de qualquer juízo moral, imprime em nosso ser a idéia de que aquela é a ordem natural da vida. Se o personagem que nos impressiona usa a mentira para se sair de uma situação, passamos a achar que tal prática é natural.
Os meios de comunicação, usando a perigosíssima estratégia acima exposta, estão solapando o alicerce da família. O estilo de vida, a escala de valores e o tipo de comportamento que os meios de comunicação estão trazendo para o seio da família são incompatíveis com a vida cristã. “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e, sim, como sábios remindo o tempo.”(Ef.5:16).
III – FALTA DE ESPIRITUALIDADE:
No Antigo Testamento, no sistema patriarcal, cada família se constituía numa congregação, onde Deus era servido e adorado. O cristianismo também se desenvolveu através das famílias. A Igreja Primitiva não tinha templo; suas reuniões eram feitas nos lares. Mas hoje a falta de cultivo da vida espiritual nos lares está corroendo e desintegrando as famílias. A dificuldade começa na área individual. O excesso de atividades e o fascínio pelos programas de televisão tem roubado o tempo que devia ser gasto em leitura bíblica, meditação e oração. Normalmente as pessoas chegam cansadas em casa ao anoitecer, tomam banho e jantam já diante do televisor. Vão dormir bem tarde, quando não tem mais disposição física e mental sequer para oração. No outro dia levantam cedo e iniciam a mesma rotina. E se não há tempo para o cultivo individual da espiritualidade, muito menos haverá para o culto doméstico.
No passado o Senhor clamou: : Ouvi, ó céus, dá ouvidos, ó terra, porque o Senhor é quem fala: Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim. O boi conhece o seu possuidor, e o jumento o dono da sua manjedoura; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende”(Is.1:2,3). Hoje vivemos situação idêntica. O Dr. J. A. Petersen declarou: “As minhas experiências durante os últimos anos, trabalhando em escolas públicas como professor, e ultimamente como psicólogo, e em programas evangélicos para a mocidade, me levaram a uma conclusão inevitável: Jesus Cristo é uma ‘Pessoa ausente’ na maioria dos lares ‘cristãos’”. Pertersen fala, naturalmente, do que tem observado em seu país, os Estados Unidos. Entretanto, a nossa situação não se distancia muito do que ele observou lá.

APLICAÇÃO PRÁTICA
O horizonte está negro. A atmosfera carregada. As nuvens escuras. Relâmpagos sulcam o espaço. Trovões balançam a terra. Grandes tempestades se prenuncia. E Cristo, onde está?
Nas duas ocasiões em que os discípulos se viram às voltas com a tempestade no Mar da Galiléia, Jesus estava ausente. Em uma delas, ele estava “do outro lado”(Mt.14:22). Na outra, ele “estava na popa, dormindo” (Mc.4:38). Muitas famílias estão atravessando o tempestuoso mar da vida sozinhas, pois deixaram Jesus do outro lado. Outras trouxeram Jesus no barco, mas Lhe reservam um espaço tão pequeno para atuar, que Ele não tem outra alternativa a não ser dormir. E a sua família?
Só há uma solução para a família – Cristo. Só Ele pode capacitá-la a enfrentar vitoriosamente as forças corrosivas e desintegradoras que agem contra ela. Ou a família se centraliza em Cristo, ou naufraga! E muitas já afundaram! Os corpos estão boiando, sem vida. Aparentemente estão vivos, mas, na realidade estão mortos em delitos e pecados.

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