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terça-feira, 2 de dezembro de 2008

MERECE CONFIANÇA O NOVO TESTAMENTO?


Já ficou sobejamente demonstrada a genuinidade dos evangelhos. Agora se nos apresenta outra questão: o texto que possuímos hoje é realmente aquele que saiu da pena dos evangelistas e apóstolos ou foi alterado no decorrer dos séculos? Houve interpolações, omissões ou corrupções no texto? Um documento pode ter sido genuíno, mas de nada adianta se as cópias que possuímos não refletem a mesma fidelidade no conteúdo como foi escrito. A acusação que alguns críticos geralmente fazem é que nossas cópias são corrompidas. Entretanto, o N.T é sem dúvida o documento mais bem atestado da antiguidade. Existem mais cópias do Novo Testamento do que de qualquer outro documento antigo. São mais de cinco mil manuscritos em grego e versões antigas em siríaco e outras línguas. Entre a redação de Sófocles, Ésquilo, Aristófanes e Tucídides e o primeiro códice que possuímos destes escritos, há um intervalo de 1400 anos; 1600 para Eurípedes e Catulo [...] 1.200 para Demóstenes; e 700 para Terêncio. As cópias mais antigas existentes hoje do N.T são dos séculos 2º e 3º d.C.
Todos esses achados tornam o N.T. o texto antigo mais bem documentado e atestado, quando comparado com outros escritos da antiguidade clássica.
Podemos confiar no Novo Testamento como um documento histórico?


Vê-se facilmente que se alguém rejeitar a autenticidade histórica do N.T, então deverá, por coerência, rejeitar a autenticidade histórica de todos os demais escritos antigos, pois o N.T. é, de longe, o mais bem atestado, tanto pelo número de cópias existentes como pela proximidade em anos da cópia mais antiga em relação ao original. Nenhum outro escrito sequer chega perto do N.T. nesses critérios.

As Variantes

Este é outro ponto ressaltado para diminuir a confiabilidade dos evangelhos. É que nos evangelhos existe um grande número de variantes. Será que com todas estas variantes não ficaria prejudicada a crença de que nossos textos modernos refletem o mesmo texto do original? Por terem sido produzidos em diferentes áreas e sob diferentes circunstancias, e devido aos erros de ortografia dos copistas, alguns manuscritos contêm diferenças entre si o que chamamos de variantes textuais. Bruce Metzger, uma das maiores autoridades em grego neotestamentário da atualidade, afirma que as diferenças não afetam substancialmente nenhuma doutrina cristã. Norman Geisler e Willian Nix acrescentam: "O Novo Testamento, então, não apenas sobreviveu em maior número de manuscritos que qualquer outro livro da antiguidade, mas sobreviveu em forma mais pura que qualquer outro grande livro - uma forma 99,5% pura"

Grasso cita o parecer de algumas autoridades como Amiot e Hort. Assim se expressou:

"No conjunto dos manuscritos encontram-se aproximadamente 250.000 variantes incluindo as citações dos padres antes do IV Século e das antigas traduções. A maioria delas é insignificante: referem-se somente à ortografia e à disposição das palavras Segundo Hort, 7/8 do texto estão fora de discussão. As variantes que modificam o texto abrange a milésima parte delê: somente umas 15 variantes têm certa importância; contudo, nenhuma delas toca a substancia do dogma estabelecido pelas passagens criticamente certas, sem termos a necessidade de lançar mão de textos duvidosos"

Prof. João Flavio Martinez
É um dos fundadores do CACP, graduado em história e professor de religiões.

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