Dias atrás vivi e senti na pele a letra de uma música do Grupo Logos que diz assim: “De vez em quando eu sou, levado a me abater. Parece que então, eu vou perecer num mar, nada mais querer. Simplesmente, mas sem saber. Momentos maus, difíceis pra valer. A vida se esvai, até tudo se misturar. Tudo perder valor. Nada mais fazer sentido para mim. Ainda bem, que em meio as minhas trevas vejo a luz. Nessas horas mais difíceis sinto Cristo. Enxugando-me o rosto, motivando-me outra vez. A seguir em frente sem olhar pra trás. Depois do temporal melhor posso sentir, que a graça do Senhor é tal. Quem poderá comprar? Quem poderá medir? Só em Jesus eu posso achar.”
Fique com a alma abatida, clamei como o salmista “Por que estás abatida, ó minha alma?” (Sl.42:5). Cheguei a sua constatação “Sinto abatida dentro de mim a minha alma” (Sl.42:6), estava com a alma abatida, ferida, execrada.
O abatimento da minha alma veio ao perceber a olhos vistos a hipocrisia latente no meio do povo que se diz “povo de Deus”, de contemplar a falsidade por um lado e a ingenuidade pelo outro, do sorriso e tampinhas nas costas com dúbia intenção e do ódio e rancor sem uma causa verdadeira.
Precisei correr a Deus, colocar-me na sua presença, clamar por socorro e não deixar que a minha alma viesse a capitular ante estas discrepancias e absurdos de uma religiosidade fingida, de uma espiritualidade putrefática, de olhares viperinos.
Na ocasião lembrei-me de que na música citada não há somente esta constatação de que de vez em quando a nossa alma se abate, mas ela tem outra saída, encontrar guarida e motivação na pessoa de Cristo! Que enxuga as lágrimas e recompõe a nossa alma ao seu devido lugar de um olhar pra frente.
Lembrei-me que o salmista não somente conseguia ver o seu abatimento, mas também o seu livramento: “Espera em Deus, pois ainda o louvarei.” (Sl.42:5). Esperança em um Deus que no momento certo tirar a dor e colocar o louvor, que retira a mágoa e coloca o perdão, que tira a tristeza e faz brotar a alegria, que levanta o abatido e ofaz saltar de júbilo.
Concluo este artigo, dizendo que pela graça de Deus o abatimento da alma só vem “de vez em quando...” , não é uma constante, mas um instante, é algo momentâneo não algo perene como assim o é a paz da alma.
Rev. Laudemiro
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